São João Bosco (1815-1888) foi um sacerdote italiano fundador da Sociedade de S. Francisco de Sales, congregação religiosa vocacionada para a educação de jovens órfãos e necessitados. Os seus religiosos são conhecidos como os Salesianos de Dom Bosco. São João Bosco nasceu em Castelnuovo d’Asti no norte de Itália, a 16 de Agosto de 1815. Tinha apenas nove anos quando um sonho lhe fez intuir que deveria dedicar-se à educação da juventude.  Ainda pequeno, começou a entreter os companheiros com jogos que alternava com a oração e a instrução religiosa.

Ordenado sacerdote, escolheu como programa de vida Dai-me almas e levai o resto (Da mihi animas, cetera tolle). Estávamos em Turim, cidade marcada por profundas mudanças sociais e políticas. Muitos jovens, sem família, nem educação, nem trabalho acabavam por praticar atos de delinquência indo parar à prisão. Ao longo da vida fundou centros juvenis, escolas, dedicou-se à boa imprensa e às missões. “Basta que sejais jovens para que eu vos ame”, costumava dizer.Morreu no dia 31 de Janeiro de 1888.

No dia 18 de dezembro de 1859, fundou os Salesianos, escolhendo um grupo de jovens do Oratório como seus continuadores. Depois de ter pedido a colaboração de outros sacerdotes, professores e mestres adultos, é entre os jovens do próprio Oratório que surgem os primeiros 17 salesianos assim distribuídos: um sacerdote, 15 seminaristas, um estudante. É com estes 17 salesianos que Dom Bosco forma a “Pia Sociedade de S. Francisco de Sales”. Escolheu e modelou as primeiras gerações de Salesianos, partilhou e guiou a sua experiência, escreveu a primeira regra de vida salesiana, trabalhou no meio deles e com eles na missão, no espírito e no método salesiano.

João Bosco é um “gigante do Espírito” que deixou como herança um património espiritual rico e bem definido.

Deu início ao seu apostolado entre os jovens mais pobres e abandonados. Sobretudo a partir de 8 de dezembro de 1841, o jovem sacerdote João Bosco, ordenado em junho do mesmo ano, começa a recolher e a educar os jovens mais abandonados e a convidar os que estavam na prisão para que, quando saíssem, se dirigissem ao Oratório. Assim se chamava o lugar onde o sacerdote reunia, divertia, educava e ensinava os jovens a redescobrir a dignidade das suas próprias vidas como filhos de Deus. Dom Bosco procurou prevenir estas situações apoiando os jovens em dificuldade, sem família, nem educação, nem trabalho. O Oratório era uma realidade onde podiam encontrar campos para jogar, salas e oficinas, dormitório e refeitório para os alunos internos e, claro, uma Igreja para as orações, o canto e a catequese. Quando morreu, a sua presença começou a espalhar-se pelo mundo.


À data da sua morte (31 de janeiro de 1888) os salesianos eram já 773, 276 noviços, em 57 casas agrupadas em seis províncias. Estavam presentes em cinco países da Europa e em cinco da América.

No centenário da sua morte, João Paulo II declarou-o e proclamou-o Pai e Mestre da Juventude, determinando que “ele fosse honrado e invocado com este título, especialmente por aqueles que se reconhecem como seus filhos espirituais”.